Brasil e o cenário da mobilidade elétrica urbana.

A eletromobilidade pública é atualmente uma das soluções mais importantes quando falamos de transição energética. Isso ocorre devido ao seu potencial de eletrificação massiva, considerando as grandes frotas existentes por todo o mundo e, devido ao impacto direto na qualidade de vida das pessoas, principalmente no Brasil, onde o setor de transporte é responsável por 40% a 60% das emissões dos gases de efeito estufa.

Os benefícios da eletromobilidade pública são inúmeros. Ônibus elétricos são comprovadamente mais seguros para o meio ambiente e para saúde da população, pois zeram as emissões de CO2, materiais particulados e outras substâncias tóxicas. Além disso, são silenciosos e muito mais confortáveis para os passageiros.

Ônibus elétricos chegam a ser 70% mais econômicos: 

Os custos com abastecimento são menores, porque a eletricidade é mais barata que o diesel. Um teste de eletromobilidade feito no Rio de Janeiro, mostrou que, enquanto o ônibus movido a diesel gastava R$ 5,3 mil em combustível por mês, o elétrico gastou apenas R$ 1,2 mil. Além disso, a redução dos custos com manutenção é bastante expressiva. O motor elétrico é muito mais simples, tem menos peças que exigem reparos e não precisa de óleo lubrificante.

Eletromobilidade e saúde pública:

A mobilidade elétrica tem uma relação direta com os indicadores de saúde pública, pois promove uma melhoria significativa na qualidade do ar. Os veículos elétricos eliminam a emissão dos poluentes atmosféricos gerados pelos combustíveis fósseis, como dióxido de carbono, óxidos de nitrogênio e partículas finas, que podem causar doenças respiratórias, cardiovasculares e até câncer. Além disso, a mobilidade elétrica urbana também pode reduzir o ruído nas cidades e o congestionamento das vias públicas, gerando um impacto positivo na saúde mental da população.

A descarbonização das cidades é fundamental para a mitigação da crise climática:

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) estima que, sem a transição para o transporte de zero ou baixo carbono, as emissões no setor devem aumentar cerca de 50% até 2050, o que inviabiliza as metas dos países de conter a crise climática.  E sabemos que os prejuízos das consequências meteorológicas das mudanças climáticas são inestimáveis. Secas e inundações extremas, além de prejudicarem gravemente a produção alimentar e o fornecimento de água potável, podem causar inúmeros desastres nas cidades. 

Sem dúvida, a melhor opção é descarbonizar e eletrificar.

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